Como assinala Ken Wheaton, editor do Think With Google, “o conhecimento do consumidor é um dos principais pilares de qualquer organização de marketing bem-sucedida”. Esse é, logicamente, um dos principais pilares da ferramenta da companhia.
Think With Google publicou uma série de artigos focados nas percepções do consumidor em 2018, que Wheaton compila, destaca e apresenta em um dos seus textos, como uma lista de conceitos chaves para levar em conta no próximo ano:
As pessoas sempre estão comprando
Nos EUA, 84% das pessoas está comprando alguma coisa em um momento determinado, em até seis categorias diferentes. E quase 25 % dos casos de compras, os clientes indicam que utilizam primeiro seus smartphones.
Comprar em muitas categorias pode ser avassalante para os consumidores. Isto é, vão precisar de uma maior ajuda possível, oferecendo às marcas a oportunidade de entrar na consideração estabelecida desde o início. Por causa de que quase 9 de cada 10 compradores não têm a certeza de qual marca querem comprar quando começam a procurar informação online através dos seus celulares, existe uma grande oportunidade para os vendedores, que podem conseguir que o processo de pesquisa seja o mais simples possível. Isso significa estar presente e ser útil no caminho.
Estão procurando com linguagem natural
As pessoas utilizam mais consultas de busca sobre conversa, o que permite fazer perguntas mais direcionais, específicas e pessoalmente relevantes sobre os produtos e serviços que interessam. Isto não só permite evitar a desordem, obtendo respostas de maneira mais rápida e eficiente, mas também dá confiança de saber que estão adquirindo exatamente o que precisam.
Como quando falam com alguém, as pessoas estão começando a usar “eu” na busca. A palavra “preciso” cresceu mais de 65% na busca, aparecendo em frases tais como “quanta pintura preciso para tal coisa” e “quanto tempo preciso ter para me aposentar”, entre outras.
Os mercadólogos deveriam se esquecer das palavras e frases chaves que acostumam estar relacionadas diretamente com seus negócios, para considerar as frases de busca em linguagem natural que os clientes poderiam usar para encontrá-las.
Querem as coisas PERTO e AGORA
Pote de temperos ou um restaurante, os consumidores impacientes de hoje em dia querem obter as coisas no momento preciso (o que generalmente é “agora”).
Inclusive as buscas “perto de mim” já não são só para encontrar um lugar específico. Uma busca “perto de mim” muitas vezes trata de encontrar um item específico em uma área específica e em um período específico de tempo.
Se nós buscarmos um exemplo claro de intenção de compra, temos que levar em conta o seguinte:
- As buscas móveis “perto de mim” que contêm a variante “posso comprar” ou “comprar” cresceram mais de 500% nos últimos dois anos.
- Estas incluem coisas como “onde posso comprar carimbos perto de mim”, “lugares para comprar uniformes perto de mim “, ou “onde comprar discos de vinil perto de mim “.
- Também vimos um crescimento de mais de 200% nas buscas móveis para “abrir” + “agora” + “perto de mim” (por exemplo, “restaurantes perto de mim agora” ou “lojas abertas perto de mim neste momento”).
Mais pesquisa = Menos arrependimentos
A busca não é só para comprar coisas. As pessoas também podem encontrar experiências. Tirar férias ou jantar fora, as pessoas consultam suas experiências antes de sair.
O processo de pesquisa faz parte da experiência mesma, ajudando a se antecipar inclusive antes de pôr um pé na porta da loja. Trabalhar os detalhes de maneira antecipada (preços, mapas, horários) reduz a ansiedade e proporciona mais tempo para se divertir quando as pessoas chegam ao destino. Uma pessoa que falou com Google resumiu em uma simples e poderosa declaração: “Queria pesquisar antes para não me lamentar depois”.
Procuram imitações
Às vezes, os compradores devem enfrentar que o preço do produto que eles querem está fora das possibilidades. Porém, os consumidores obsessivos com a pesquisa de hoje não estão deixando que o preço interrompa o caminho da felicidade. Se dão conta que têm as ferramentas para encontrar alguma coisa semelhante a esse produto desejado, mas de uma maneira mais prática e econômica.
As buscas móveis de “réplicas” cresceram mais de 60% nos últimos dois anos. Por exemplo: “azulejo barato que parece madeira”, “Honda que parece Ferrari”, “móveis que parecem cerâmica”, “rocha que parece diamante” e “móveis novos que parecem antiguidades” podem ser algumas das buscas que realizam as pessoas interessadas em adquirir itens mais acessíveis.
Os usuários de pesquisas por voz dão as boas-vindas às marcas
As pesquisas por voz foram um assunto festivo no ano passado e ganharam popularidade inclusive antes de Natal. Por isso, Google inquiriu mais de 1.500 pessoas que têm alto-falantes ativados por voz da Google Home ou Amazon Echo. Entre as coisas que descobriu, encontrou que as pessoas mais velhas são usuários avançados. Os “boomers” veem os dispositivos como sócios que capacitam com grande potencial.
É importante para os vendedores que as pessoas com viva-voz ativado por voz recebam também as marcas como parte da experiência; e que queiram receber informação útil e relevante para seu estilo de vida. De fato, uma das pessoas consultadas disse que a possibilidade de comprar coisas dessa maneira fazia com que ela se sentisse como se tivesse um assistente real. “Comecei fazendo perguntas e terminei recebendo produtos reais. Muito mais comprometidos, muito mais reais”, afirmou.